Perfil Pibid/Letras 2012 São Camilo ES



“O luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.” Assim como Rubem, o Braga, produz sua crônica “O pavão”, deliciando-se e deliciando-nos com a simplicidade que lhe é característica, estamos na capital secreta do sul do Espírito Santo com um instigante desafio: o aprimoramento linguístico dos alunos de nossas escolas parceiras nas ações do Pibid/CAPES Letras 2012. É no processo de letramento significativo nessa ação pedagógica que vislumbramos nosso maior luxo: a leitura e a escritura, grandiosas e plurissignificativas, porém com toques de esmera simplicidade, trabalhadas em contextos múltiplos. Assim, com os cachoeirismos de sempre, marca de todos os conterrâneos de Rubem Braga, façamos do Pibid uma forma de operar o milagre do verbo na vida de nossos alunos assistidos. Certamente, dessa forma, todos eles, gozando de maior proficiência linguística, da forma mais natural possível, podem afirmar, assim como Braga, “modéstia à parte, sou de Cachoeiro de Itapemirim”. Com este fim, alçamos voo todos os dias rumo a nossas escolas, às nossas salas de aula, aos alunos assistidos e à constitutividade de nossos sujeitos também matizados. Esse é o Pibid/Letras da São Camilo ES. Estes somos nós!

Coordenadora da área de Letras/Português do Pibid 2012 São Camilo ES



quinta-feira, 10 de outubro de 2013

SEMANA FOLCLÓRICA : IDENTIDADE CULTURAL DO DISCENTE

Ensinar ao aluno que os elementos de sua própria cultura fazem parte do folclore brasileiro é um dos maiores desafios enfrentados por professores ao tratar do tema. Quando chegam à escola, as crianças trazem com elas os elementos culturais que estão mais próximo delas. Por isso, explicar a elas que essa "cultura caseira" faz parte da noção de folclore funciona melhor do que simplesmente apresentar lendas e mitos sem contextualizá-los. Tal atitude faz os alunos considerarem como folclore elementos que estão distantes deles, dos quais não participam. Isso pode provocar um desinteresse geral. Estimular os estudantes a pesquisar sobre suas próprias comunidades e até mesmo hábitos familiares pode ser um ótimo ponto de partida para o ensino da noção de folclore. A criança só pode entender a diversidade se perceber que faz parte disso. Uma forma eficiente de trazer essas questões para a sala de aula é contar que o conjunto desses costumes determina os aspectos culturais de um povo.
Segundo Brandão (1982), a palavra Folclore de origem inglesa Folk-Lore surgiu pela primeira vez em uma carta do inglês Willian John Thoms escrita na revista The Atheneum, em 1856. Thoms caracterizava a palavra Folclore a partir de duas palavras anglo-saxônicas Folk, que significa “povo” e Lore que significa 
“conhecimento”, juntas traduzem o sentido de um saber tradicional, a sabedoria de um povo.
Posteriormente, os ingleses criaram a “Sociedade do Folclore”, que tinha como objetivo estudar o povo, sua sociedade e suas tradições. Deste modo, as narrativas tradicionais conhecidas como contos, lendas e canções, os costumes tradicionais relativos aos códigos sociais e celebrações populares, as crenças e superstições ligadas à tecnologia rústica, magia e feitiçaria e as formas de linguagem presentes em dialetos, ditos populares e adivinhas passaram a ser foco de estudo (BRANDÃO, 1982).
As araras lendárias tiveram o objetivo de manter viva superstições e contos antigos da nossa cultura. Histórias contadas e  encenadas dialogaram com o aluno, partindo do processo de interlocução cultural. Processo este que é vital para manter vivo o mecanismo lúdico e capacidade da criança de ouvir, contar e então escrever as histórias. 





REFERÊNCIAS:

BRANDÃO, C. R. O que é Folclore? São Paulo: Brasiliense, 1982. (Coleção Primeiros Passos).

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